sexta-feira, 20 de maio de 2016

Android gerou mais de US$ 42 bilhões em receita, segundo Oracle

Pelos cálculos da empresa de desenvolvimento de sistemas Oracle, o Android gerou US$ 42,35 bilhões para o Google entre os anos de 2008 e 2015, principalmente a partir da venda de publicidade. O valor foi estimado pelo economista da Oracle, Adam Jaffe, que testemunhou em um novo julgamento na corte federal de San Francisco. 

A empresa de software corporativo acusa a gigante das buscas na internet de não pagar pela utilização de sua tecnologia Java para desenvolver o Android. Nesta quinta-feira, 19, o presidente-executivo da Alphabet, Larry Page, disse aos membros do júri que o Google acreditava que o software era gratuito para qualquer desenvolvedor utilizá-lo. Quando questionado pelo advogado da Oracle, Peter Bicks, em relação à importância do Android para os negócios do Google, Page foi um tanto evasivo: "Eu acho que o Android é significativo para o Google", disse.

Em seguida, Bicks perguntou se o Google pagou pelo uso do Java, que foi desenvolvido pela Sun Microsystems no início de 1990 e adquirido pela Oracle em 2010. "Quando a Sun desenvolveu o Java, foi estabelecido que seria código aberto", disse Page. "Nós não pagamos por coisas livres e abertas." Em sua defesa, o Google alega que a Oracle adquiriu a Sun, com o objetivo de lançar um processo sobre direitos autorais.

A lei de direitos autorais nos Estados Unidos permite utilização limitada de material protegido, sem adquirir permissão do detentor dos direitos, para propósitos como pesquisa, comentários ou produção de notícias. O Google argumentou que os elementos do Java em questão não devem ser sujeitos ao copyright e, mesmo se forem, a Oracle teria superstimado muito seu pedido de danos. De acordo com Jaffe, o código em questão representa menos de 1% de todas as linhas de código do Android.

Impasse. A disputa entre as duas empresas já foi a julgamento em 2012, mas o júri ficou em um impasse. Agora, se o atual júri do tribunal de San Francisco decidir contra o Google, a empresa pode ser condenada a pagar US$ 9 bilhões em indenizações. 

O julgamento é observado de perto por desenvolvedores de software, que temem que a vitória da Oracle poderia desencadear mais processos de direitos autorais sobre o uso do software.

O Android foi lançado em novembro de 2007. A primeira versão comercial, Android 1.0, foi liberada em setembro do ano seguinte. Atualmente, mais de 1,4 bilhão de dispositivos móveis utilizam o sistema operacional do Google.

Fonte: Estadão

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Copresidente da Oracle diz que Google provocou redução na receita da empresa

Clientes mais antigos reduziram dramaticamente o pagamento de licenciamento por uso de produtos da Oracle após o Google roubar seu software para entrar no mercado de smartphones, disse a copresidente-executiva Safra Catz a jurados nesta terça-feira.

Em julgamento no tribunal federal de San Francisco, a Oracle alegou que o sistema operacional para smartphones Android violou direitos autorais em partes da plataforma de desenvolvimento Java. O Google, unidade da Alphabet, disse que pode usar o Java sem pagar taxa sob a lei de direitos autorais.

A Oracle comprou a Sun em 2010 e processou o Google após as negociações sobre uso do Java terem falhado. O júri chegou a um impasse em 2012. Se o atual júri decidir contra o Google, isso pode levar a um pedido de 9 bilhões de dólares em indenizações.

No tribunal nesta terça-feira, Catz disse que a decisão do Google de distribuir o Android gratuitamente para fabricantes como a Samsung reduziu a tradicional receita de licenciamento que as fabricantes pagavam pelo Java.

"Isso teve um impacto muito negativo", disse Catz.

Fonte: DCI

Executivo da Oracle nega que empresa tenha comprado Sun Micro para processar Google

A Oracle não adquiriu a Sun Microsystems em 2009 com o objetivo de lançar um processo de direitos autorais contra o Google, mas sim para proteger seus produtos que precisavam do software da Sun, disse o copresidente-executivo da Oracle, Safra Catz, aos jurados nesta segunda-feira.

Em um julgamento em um tribunal federal de San Francisco, a Oracle alegou que o sistema operacional para smartphones Android, do Google, violou seus direitos autorais em partes da linguagem de programação Java. O Google, da Alphabet, disse que deveria poder usar o Java sem pagar uma taxa sob a provisão de uso justo da lei de direitos autorais.

A Oracle adquiriu a Sun em 2010 e processou o Google após as negociações terem falhado. Se o atual júri decidir contra o Google em relação ao uso justo, então deve considerar o pedido da Oracle de 9 bilhões de dólares em danos.

O Google argumentou que a Sun deu boas-vindas ao uso do Java pelo Google, mas a Oracle conspirou para processar após adquirir a companhia.

No entanto, um advogado da Oracle questionou Catz sobre e-mails de 2009, nos quais o ex-presidente-executivo da Sun, Jonathan Schwartz, descreve uma disputa com o Google em relação ao Java.

"Ele nos disse que estavam conversando com o Google e estavam tentando fazer com que licenciassem o Java", disse Catz, observando que o Android é uma versão não autorizada do Java, porque o Google não tinha uma licença.

Fonte: DCI

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Google x Oracle: Eric Schmidt depõe em caso de violação de patentes Java

Eric Schmidt testemunhou na terça-feira (10/05). O executivo da Alphabet foi o primeiro a depor no julgamento para definir se o Google violou de patentes de utilização do Java na construção do Android. A Oracle pede mais de US$ 8,8 bilhões em indenização.

No tribunal, ele enfatizou que a ideia de que a gigante de buscas avaliou que não via a necessidade de licenciamento para utilizar 37 interfaces de programação da plataforma que pertence à fabricante de banco de dados.

Indagado se tinha certeza do que falava, retrucou: “Tenho 40 anos de experiência nisso”, replicando o senso comum na indústria de que APIs podem, sim, ser usadas sem que existam permissões.

Os humores ficaram mais tensos quando o promotor, Peter Bicks, começou a fazer uma análise detalhada da situação ao júri sinalizando que tal postura representava violação de propriedade intelectual. Schmidt, porém, permaneceu tranquilo.

“Você está dizendo, então, que não considera APIs uma propriedade?”, indagou. Como resposta, ouviu que o Google possui “milhões de interfaces de programação” e pediu para o defensor da Oracle ser mais específico em sua abordagem.

Mais adiante, Bricks seguiu perguntando se o executivo sabia que o Google tinha pressa para lançar seu sistema operacional móvel. “Você tinha conhecimento que o iPhone era seu competidor, na ocasião, não?”, perguntou.

“Não é verdade”, devolveu Schmidt. “A versão original do Android era uma plataforma móvel distinta”, adicionou. Porém, momentos depois, reconheceu que a empresa enfrentava uma pressão estratégia para levar o SO ao mercado o quanto antes.

Em outro ponto, o executivo afirmou que não reconhecia o nome Henrique de Castro, executivo encarregado da divisão de plataformas móveis enquanto Schmidt era CEO do Google. Instantes depois, indicou que havia cometido um engano e lembrou-se do profissional citado pelo promotor.

As respostas de Schmidt dificultaram a tarefa de Bricks para estabelecer o ponto que queria frente ao júri. Mas isso não significa que o promotor finalizou seus questionamentos quando a corte encerrou as atividades.

O executivo do Google retorna ao tribunal nessa quarta-feira (11). O promotor da gigante de buscas Bob Van Nest protestou bastante, dizendo que a Oracle tomou tempo demais como Schmidt como testemunha. Sobre o fim da sessão, o juiz William Alsup, disse que o júri tem dinheiro de encerrar as atividades no seu tempo.

“Sei que a testemunha é uma pessoa ocupada, assim como os membros do júri”, afirmou o magistrado.

O caso deve se estender por diversas semanas, ainda. A Oracle pede US$ 8,8 bilhões em danos causados por quebra de propriedade intelectual. O Google acredita que o uso das APIs “é justo” e que não deve nada.


Google ia pagar 35 milhões de euros para usar Java

A Oracle processou a Google porque a tecnológica de Mountain View terá usado a linguagem Java sem autorização. Esta linguagem de programação foi desenvolvida pela Sun Microsystems, empresa que foi comprada pela Oracle.

Agora em tribunal, Eric Schmidt, chairman da Google, afirma que a tecnológica estava preparada para pagar entre 26,2 e 35 milhões de euros por uma licença de cinco anos para usar a tecnologia Java no Android, mas que o acordo acabou por cair.

Segundo o Wall Street Journal, Jonathan Schwartz, na altura CEO da Sun, afirma que o acordo previa que fosse colocado o logo do Java no Android, assim como a utilização de mais porções da linguagem de programação.

De acordo com Schwartz, as conversações caíram porque a Google não queria depender de outra empresa para a sua tecnologia principal.


(Mais notícias) Oracle e Google duelam pelo uso do Java no Android

Em mais uma etapa do disputa judicial entre a Oracle o Google, da Aphabet, sobre a propriedade intelectual da Java, as duas empresas travam um round em São Francisco, nos Estados Unidos.

Ao se pronunciar, o advogado da Oracle, Peter Bicks, observou que, até o fim do seu pronunciamento, estipulado em 60 minutos, cerca de 100 mil smartphones Android terão sido ativados,e três bilhões de telefones foram ativados desde que o processo começou, em 2012. E que isso se traduziu em 42 bilhões de dólares em receita para o Google, ele disse, e todos esses telefones contêm propriedade valiosa da Oracle.

"Você não pega a propriedade de alguém sem permissão e usa para seu próprio benefício", disse Bicks. Ele afirmou que a defesa do Google não pode cobrir o que eles fizeram com o Java, e a chamou de "desculpa do uso justo". Sob a lei do copyright nos Estados Unidos, o "uso justo" permite utilização limitada de material protegido, sem adquirir permissão do detentor dos direitos, para propósitos como pesquisa, comentários ou produção de notícias.

A disputa entre Oracle e Google não tem uma sentença definitiva. O Android foi lançado em novembro de 2007 em versão alpha. A primeira versão comercial, Android 1.0, foi liberada em setembro do ano seguinte. A Oracle acusa o Google de usar, sem pagar, a tecnologia Java, incorporada ao portfólio da companhia com a compra da Sun Microsystems.

Em junho do ano passado, a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou pedido do Google e devolveu o processo da Oracle à Justiça Federal. Se vencer a batalha no novo júri no tribunal federal de San Francisco decidir contra o Google sobre o uso justo, então será considerado o pedido da Oracle para receber US$ 9 bilhões como indenização.

O Google, por sua vez, argumentou que os elementos do Java em questão não devem ser sujeitos ao copyright de quaisquer maneiras, e mesmo se forem, a Oracle teria supestimado muito seu pedido de danos. O duelo Oracle x Google divide o setor de tecnologia nos EUA. Yahoo!, Red Hat e HP já se posicionaram favoráveis à Google, enquanto Microsoft, NetApp e EMC apoiam a Oracle.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Google e Oracle travam uma batalha judicial perigosa sobre as APIs do Android

A Oracle, atual dona da linguagem de programação Java, está há anos buscando compensações judiciais do Google pelo uso das suas APIs. E, como qualquer processo que envolva patente de tecnologia, os valores são bilionários, agora chegando à cifra de respeitáveis R$ 9,3 bilhões (R$ 32,74 bilhões em uma conversão direta com o câmbio de hoje), valor referente à violação de copyright de 37 APIs utilizadas no Android.

Trata-se apenas de um novo capítulo, já que a Oracle não mostra sinais de parar de caçar o Google, que ganhou a primeira batalha travada nos tribunais, mas teve seu pedido de apelo negado alguns meses depois. O Google já está tomando providências para evitar a Oracle com o Android N, que trocará o Java pelo OpenJDK (ou seja, nada de processos à partir daí. Em teoria), mas terá que lidar com a empresa pelo seu valor exorbitante pedido até que isso aconteça.

O Google alega que usa as 37 APIs contestadas pela Oracle de "forma justa", alterando-as de uma forma que não podem ser consideradas cópias. E, mesmo se fosse o caso, o Java é gratuito para uso em última instância, ainda que o seu uso por empresas entre em uma zona cinzenta. É claro que a Oracle não concorda com o "uso justo" alegado pelo Google, já que é de seu interesse receber compensações completamente fora da realidade pelo uso da tecnologia, que originalmente pertencia à Sun Microsystems, que foi adquirida por ela.

Por que exorbitante? Segundo o Google, a Oracle confunde o valor correto das APIs, supondo que realmente fosse elegível para receber uma compensação, com o valor da plataforma Android como um todo. Naturalmente a Oracle sabe disso, já que provavelmente sabe que não irá receber um valor tão alto, estipulando US$ 9,3 bilhões como uma espécie de lastro para entrar em um acordo com o Google antes que o caso encerre, como geralmente acontece nesse tipo de processo. Ou seja, mesmo que a possibilidade de receber um valor tão alto, é bastante provável que a Oracle consiga arrancar algum dinheiro do Google.

Isso estabelece um precedente perigoso, já que mesmo que o Google seja o alvo principal da Oracle, ele não será o único a ser penalizado caso o processo termine de forma favorável para a gigante de buscas. O crescimento explosivo do Android nos últimos anos se deve, principalmente, pela qualidade e quantidade dos apps disponíveis da plataforma. Por funcionarem no Android, boa parte dos desenvolvedores e empresas sofrerão junto, já que é quase impossível que não usem alguma API do Android.

Então, se a Oracle vencer, pode começar a ir atrás de desenvolvedores menores, que não só não possuem tantos meios de se protegerem contra a Oracle quanto o Google, mas pode prejudicar o desenvolvimento e a propagação do Android como um todo, já que terá o precedente positivo a seu favor.

Pelo menos o Google não está sozinho, já que a Electronic Frontier Foundation está do lado da empresa, apresentando precedentes que favorecem a gigante de buscas para a corte americana. E a EFF já avisa: restringir os desenvolvedores de usar uma API (seja Java ou qualquer outra) pelo medo de sofrer represálias e processos futuros pode prejudicar a economia do desenvolvimento dos softwares como um todo, com muitos perdedores e poucos vencedores.

Fonte: TudoCelular